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DA TEOLOGIA SAGRADA, SEU OBJETO DE ESTUDO E SUA FINALIDADE ÚLTIMA PARA O CRISTÃO

  O início de uma ciência está na delimitação de seu objeto, pois, no objeto é possível determinarmos os métodos mais eficazes para exaurirmos toda as informações possíveis dele. O cristianismo sempre se empenhou no conhecimento de Deus, de tal modo que, desde os pais da Igreja (que desenvolveram um conhecimento mais místico, pastoral e apologético da religião cristã) até nossos contemporâneos, fica claro nosso pressuposto de que Deus é o objeto do estudo que, já na patrística denominou-se teologia. Contudo, foi no século XIX que os teólogos, influenciados pela decadente filosofia moderna, especialmente das ideias de Immanuel Kant, começaram a questionar esse pressuposto que sendo abandonado com o tempo, resultou na decadência da própria ciência sagrada, com o advento do liberalismo. DEFINIÇÃO DO TERMO O debate em torno do assunto, que os escolásticos denominavam sujeito da disciplina, tem em vista a insatisfação moderna com a definição etimológica e histórica da palavra teolog...

Extremista, o termo usado pelos infiéis para acusar confessionais

Certamente, a palavra radical deve ser um termo de relação, e não uma palavra que corresponde a um ente real, pois quando se atribui a alguém o título de "extremista", "radical" e às vezes "legalista" (essa última certamente como uma ofensa) está definido alguém em relação a um padrão determinado em seu intelecto. Atualmente, alguns tem chamado os reformados confessionais de extremistas, justamente porque são fiéis as Sagradas Escrituras e ao ensino exposto nas confissões reformadas, aqui especialmente, a de Westminster. Porém, a reforma suíça (a reforma a qual somos herdeiros) foram chamados de radical em vista daquilo que estava acontecendo com a Alemanha, pela reforma de Luterno. E isso se estende também aos puritanos, que contrário aos anglicanos, queria um culto mais puro que tivesse elementos que foram ordenados e regulados por Deus em sua palavra. Conclui-se que, reformados, à luz da história da reforma, em comparação com os demais protestantes ...

A heresia pelagiana da negação da graça e do livre-arbítrio, por Diego Álvarez

  O que Pelágio expressou sobre a necessidade da graça e as capacidades naturais de nosso livre-arbítrio [ lib. 1; cap. 1] De acordo com o que disseram [1] , Pelágio afirmou que nenhuma graça interior ( gratiam interiorem [2] ) foi concedida, seja na parte do intelecto ou da vontade. Ele entendia, no entanto, que pelo termo "graça", frequentemente usado em seus escritos, referia-se apenas ao livre arbítrio ( liberum arbitrium ) criado por Deus, seja pela lei, pela doutrina exterior, ou pela pregação do Evangelho, por meio da qual Deus nos mostra o que devemos fazer ou evitar. Incluía também o exemplo de Cristo, conforme relatado por Agostinho no livro " De Gratia Christi contra Pelagium et Caelestium ", capítulo 2, onde ele diz: "Costumam dizer-nos que Deus nos forneceu, através de Seu exemplo justo viver e ensinar corretamente, um modelo a ser seguido tanto em suas ações quanto em seu ensino". Esses autores afirmam ainda que Pelágio negava toda cooperaç...

O início da Reforma Suíça por Ulrico Zuínglio

  INTRODUÇÃO Martinho Lutero foi o principal teólogo alemão que difundiu os princípios da reforma protestante. O contexto de corrupção no clero da Igreja já havia excedido os limites do bom senso, provocando a ira não somente de teólogos como Lutero, mas de países e governos que buscavam autonomia do império sagrado. Durante a Idade Média a sociedade europeia esteve solidamente unificada em torno da fé católica, um fenômeno conhecido como “ cristandade ”. Todavia, no fim desse período surgiu uma grande insatisfação com a situação reinante na igreja: a corrupção de muitos membros do clero, a opulência e as ambições seculares da alta hierarquia (especialmente do papado), a religiosidade supersticiosa e ignorante das massas e o relacionamento questionável com o Estado. Por muitos anos fez-se ouvir em toda parte um clamor por “reforma na cabeça e nos membros”. Foi nesse contexto que eclodiu a Reforma Protestante [1] . A ideia do monge era promover uma reforma dentro da Igreja Católic...